sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Autobiografia - João Paulo Curado

Enlace Matrimonial Jerson & Jocelina
FOTO: Pedro Curado - 17 de junho de 1977


João Paulo da Silva Curado, nascido na Satélite de Taguatinga no dia 25 de setembro de 1978. Filho de Jerson Gomes Curado e Jocelina Rosa da Silva, João Paulo residi na cidade planaltinense há mais de 34 anos.
          Desde pequeno sempre foi dedicao ao trabalho. O seu primeiro emprego foi na rua vendendo picolé. Depois João passou a vender din-din e quando tinha apenas 10 anos de idade já havia ganhada uma clientela oferecendo coxinha e pastelão, principalmente nos ônibus interestaduais que passavam lá pela Rodoviária da cidade.
          E foi com muito esforço que aos 12 anos de idade aprendeu com seu pai, Jerson Curado, a arte de fotografar. Com essa pouca idade, já saía com seu pai para trabalhar nos eventos sociais, políticos e culturais. Mesmo com pouca idade João Paulo aprendeu também as técnicas de revelação fotográfica em laboratório preto e branco. E foi a partir de então que a curiosidade pela arte fotográfica aumentou e com 14 anos João Paulo já fotografava qualquer evento social.
          Em 1991 estudou na escola particular CNEC - Escola Cenecista Marcelo Lemgruber em Planaltina Goiás. Neste período concluíu na Solo Datilografia o curso manual e elétrica.

Em 1993 prestou o primeiro concurso público pelo Banco do Brasil tendo trabalhado até julho de 1996, quando completava em setembro, 18 anos.
       Em 1992 João Paulo iniciou o esporte no atletismo sendo incentivado pelo seu colega Flávio Borracha. E juntos em equipe, João Paulo, o seu irmão Jovane Curado, o seus amigos Mauro Fontes e o Clemilson Marques, corriam a pé todos os dias às 6 da manhã cerca de 5 quilômetros até a fazenda do Drº Eduardo - tomavam banho na barragem e, logo em seguida já estávamos todos de volta no mesmo pique sem parar até a chegada em casa.
         E foi nesta época, 1992 que João conheceu o ciclismo, também incentivado pelo colega Flávio Borracha, que tinha uma bike Peugeot de competição com rodas tubulares.
          "Aí ajuntava eu o meu irmão Jovane e o Borracha - saíamos para treinar todos os dias nas estradas do DF. Normalmente andávamos 120 quilômetros todos os dias. O treino mais curto girava em torno de 40 quilômetros. A média de velocidade que imprimíamos era bem alta. Para se ter uma ideia, fazíamos 40 quilômetros em uma hora e os 120 em 3horas.
          Sua primeira participação em competições foi em Planaltina Goiás. Nessa época, João Curado, entusiasmado com o ciclismo, comprou uma Caloi 10 vermelha com guidão reto e a catraca fixa de 16 dentes e a coroa com 56 - aí João treinou para participar da sua primeira competição em Planaltina Goiás - o percurso era de 5 quilômetros e ele ficou em 2º lugar perdendo para o rival e amigo Flávio Borracha, que garantiu a taça em primeiro. Flávio garantiu o primeiro lugar na prova de 5 quilômetros com o tempo de 7 minutos e 5 segundos seguido de João Paulo com 7 minutos 9 segundos, que cruzou a linha de chegada na marra, com a roda traseira travada e o cubo rachado que o cone caiu no chão.Em terceiro lugar ficou Jovane Curado seu irmão.
       Devido a necessidade em melhorar os treinos e chegar bem nas competições, João Paulo comprou no início de 2004 uma bicicleta do fabricante Colnago Colombus toda revitalizada com os aros tubulares. Essa foi a primeira bike importada de João. As marchas funcionavam na alavanquinha, o que segundo ele fazia a transmissão com os joelhos.
           Em 1994 aconteceu a sua segunda participação em corridas de bicicletas. Foram 10 quilômetros de prova da Lagoa Tur até o centro da cidade onde se classificavam apenas os 20 primeiros para a segunda etapa.
           A segunda etapa foi um circutio em torno da Quadra 1 Norte num total de vinte voltas de 2 quilômetros cada. A classificação da primeira etapa ficou assim: 1º Jovane Curado, 2º João Paulo Curado e Flávio Borracha em terceiro lugar. A segunda etapa durou uma hora e os ciclistas percorremos 40 quilômetros - quem venceu a segunda etapa foi Jovane Curado, em segundo ficou João Paulo Curado e em terceiro Ricardo Alves.
            Na classificação geral os ganhadores foram: 1º Lugar - Jovane Curado, 2º Lugar - João Paulo Curado, 3º Lugar Ricardo Alves. A prova foi sensacional tinha cerca de 50 corredores de todas as categorias com atletas de fora e tudo mais.
       O público lotou as avenidas do circuito gritando pelo nome de seus corredores preferidos. Planaltina foi representada pelos ciclistas Rodrigo Nunes, Rosimar, Jânio (Coquinho). João Paulo conta que sentiu caimbrãs que a perna enrolava. A multidão, alegre com a vitória de um planaltinense no pódio, na chegada agarraram com Jovane que também estava cheio de caimbrãs.
          Entretanto, o que segundo contou João Paulo, essa competição foi a chave de abertura para outras provas no DF e em Goiânia. "No DF eu competi ao lado de Rodrigo de Melo Brito, o popular Morcegão, Leandro Salim Kramp, Marcelo Ianinne, Rodrigo Maeda, Elder Costa, Éric Vieira, Éder Vieira, Lars Aragão, Robson, Orivaldo Coutinho, que já foi campeão mundial de Duathon, e enfim. Então neste período eu comecei a competir fora: Goiás, Minas e Distrito Federal. Fui reconhecido e recebi apoio do Senhor Geraldo Eustáquio, que além de ciclista competidor, foi meu treinador e me levou para muitas provas em Goiás, Minas, DF e São Paulo, o Campeonato Brasileiro de Juniores , aonde fiquei em 12º lugar na prova de resistência de 120 quilômetro completados em 2h 45 minutos. Quem ganhou o campeonato brasileiro, ou seja as seis etapas das sete realizadas, foi o então profissional, Luciano Paggliarine, um dos poucos brasileiros a se profissionalizar representando o Brasil no Tour de France.


     UM SONHO REALIZADO

 O ciclismo na vida de João Paulo Curado representou muito mais que uma prática da diversão esportiva, foi profissão levada a sério.
         Para muitas pessoas o ciclismo é simplesmente montar numa bicicleta e sair pedalando, mas o contrário disso são horas e horas de treinos enfrentando o trânsito perigoso nas estradas sob o sol forte e o clima escaldante, e às vezes até chuvoso com geada.
          A vida profissional de um ciclista não é fácil porque além dos treinos o atleta tem que estudar, descansar, ir ao médico para uma avaliação periódica, pagar um nutricionista e ter dinheiro para manter as despezas com equipamentos e viagens e para o seu dia a dia.
Enquanto competiu pelo mundo afora, João revelou que não ganhou dinheiro, mas adquiriu conhecimento nacional e alguns países sul-americanos, além de ter conquistado grandes amizades por onde passou.
           Foram mais de 12 anos competindo numa vida difícil com a falta de apoio e patrocínio acompanhados do descaso dos órgãos competentes do esporte.
Morou cerca de um seis meses na cidade paranaense de Foz do Iguaçu onde teve a chance de representar o Brasil e Planaltina em Assuncion no Paraguai, Argentina, Chile e Uruguai.
        Em Macapá também passou boa temporada e correu em terras Guianenses com o apoio do “Clube dos Oficiais da Polícia Militar de Macapá”. Já na capital goiana viveu mais de dois anos representando o clube de ciclismo “Alfa” e depois correu na equipe “Magalhães”, uma das mais fortes do país.
João Paulo da Silva Curado é filho de Planaltina e nunca negou suas origens por onde passou embora nascesse na Satélite de Taguatinga.
          "Moro aqui há mais de trinta e quatro anos e nunca tive vergonha de dizer ser um cidadão planaltinense. Perdi muitas chances por dizer que era daqui. Em 2004 conquistei em Santa Catarina um dos melhores resultados em toda minha carreira ciclística - fiquei em 3º lugar na classificação geral no prêmio de montanha após percorrer mais de mil quilômetros saindo de Chapecó, na fronteira com a Argentina e chegando em Rio do Sul, no litoral catarinense - quando viram a minha ficha e viram que eu era goiano de Planaltina, nem minha foto saiu no jornal.”

         “Senti uma discriminação. Mas eu estava muito feliz por ter conquistado o terceiro lugar numa das competições mais difíceis do Brasil. Eu nem ia mais participar dessa competição, pois não tinha dinheiro para viajar. Quem pagou minha viagem de última hora foi o empresário do ramo de produção musical Henrique Pinto, que me deu a viagem de avião até Chapecó", relatou João Curado.
           Ao todo, João Paulo participou de mais de 100 provas de ciclismo onde subiu no pódio mais de 60 vezes. Em 1995 ele participou de 12 provas e subiu no pódio nove vezes, sendo que destas, ganhou duas etapas, e ficou em segundo lugar três vezes.
        Em 1996 João participou de 25 competições tendo subido no pódio vinte vezes e foi campeão em seis provas, ficou duas em 2º lugar, quatro em 3º lugar e cinco em 5º lugar.

      Em 2001 foi o marco da primeira prova Internacional disputada em Cayenne, na Guianna Francesa. Ao todo foram 1350 quilômetros disputados em seis etapas onde João ficou em 21º lugar na classificação final sendo o segundo melhor brasileiro na competição usando a camisa do Estado do Amapá.
        Segundo ele só não foi melhor porque os europeus e os americanos estavam muito superiores aos brasileiros com relação aos equipamentos e a alta performance física e nutricional. João contou que em uma das etapas de 200 quilômetros, sentiu muitas cãibras no final, mas terminou a etapa entre os trinta primeiros com o tempo de 4h 30 min. Quem venceu foi um italiano que concluiu a etapa em 4h 25 min com média de quase 50 km/h.
     Durante sua carreira ciclística João participou de várias provas internacionais sendo elas duas Voltas Internacionais do Rio de Janeiro, uma Volta Internacional do Estado de São Paulo, duas Voltas Internacionais de Santa Catarina, uma Volta Internacional do Pantanal, em Mato Grosso do Sul 5º lugar, e a Volta de Cayenne, na Guianna Francesa.

          João Paulo conta que no período de 1991 a 2006 ele fez uma reviravolta pelo Brasil competindo nas maiores competições de ciclismo profissional. "O ciclismo representou e ainda representa um grande marco história em minha vida, pois foi no esporte que conheci pessoas e lugares maravilhosos. Fiz vários contratos com equipes renomadas como foi o caso da Equipe de Ciclismo de Goiânia, a "Magalhães e Alfa".
       "Assinei contratos também com o Clube dos Oficiais da Polícia Militar de Macapá, onde fiquei morando uns meses. Já na cidade paranaense de Foz do Iguaçu João Paulo viveu os melhores momentos de sua vida ciclística -  treinava cerca de seis a sete horas por dia e em conseqüência disto os resultados foram brilhantes. Pela equipe de Foz João colocou a cidade campeã nos Jogos Paranaense de Ciclismo vencendo a prova de Mountainbike e ciclismo, além de ter ficado em quarto lugar na prova de resistência realizada dentro da usina de Itaipú num clima de chuva e com menos de 10ºC.
        Com a retorno do atleta João Paulo, que saiu de Foz do Iguaçu onde estava morando para Planaltina Goiás, em meados de 2004, ele passou no vestibular da faculdade ICESP, hoje Unicesp, e passou a fazer parte  da Equipe de Ciclismo da faculdade.
         Logo no primeiro semestre de 2005 João Paulo sofreu um grave acidente (queda de bicicleta a quase 70km/h), na Estrada Parque Taguatinga onde fraturou a bacia, além de ter sofrido várias escoriações pelo corpo. Foram mais de três meses até João voltar para as pistas novamente.
     Diante da gravidade, o ciclista não obteve mais resultados expressivos nas competições, começou a desanimar mesmo diante das cobranças do patrocinador pelos resultados - "estava já bem desanimado e abandonei o esporte e o curso de jornalismo no quinto semestre. A faculdade não se importou em saber se estava eu morto ou não. Ninguém apareceu para saber notícias da minha saúde naquela ocasião. Mas agradeço muito a família do seu Eustáquio, que naquele dia do acidente me prestou socorre e me deixou em casa."
          "Após abandonar a faculdade, imediatamente abandonei o esporte por falta de apoio moral e psicológico. Fiz vários tratamentos fisioterápicos e psicológicos, mas não consegui subir no pódio como era antes".

          Mas enquanto João Paulo não participava das provas de ciclismo ele conseguiu um emprego de digitador na sessão de Finanças do Grupo Amaral. Meses mais tarde João passou a trabalhar no setor de Marketing do Grupo Amaral.
         Com menos de um ano no Grupo, João decidiu sair para trabalhar por conta própria na função de fotógrafo. João Paulo trabalhou em 2005 no Jornal O Recado News, Folha da Cidade, Vanguarda, Revista Orbital, Revista Fatos e Versões e Revista Evidência. Atualmente João Paulo trabalha na empresa Criart Produções Digitais Foto e Filmagem em geral.

De 1978 a 1990
























































  De 1991 a 1996













































































1997
Período em que vivi em fazenda
           Foi uma época muita boa em que vivi roça. Lá se dormia cedo, e acordava cedo. Tomava banho de rio, a comida era 100% natural e não tinha agrotóxico. Lá a gente plantava arroz, feijão, cana-de-açucar, tinha um bananal de aproximadamente 3 mil pés de banana, além do pasto formado para o gado, que dava a carne e leite que rendia queijo e requeijão para comer com rapadura ou comer com café.
Lá eu fiz chiqueiros para os porcos, galinheiros, pastora o gado a cavalo e noite era hora de descanso.
              No dia seguinte, as 6 da manhã, tirava o leite das vacas e ia trabalhar na batida do pasto. A gente fazia curral de arame liso, curral de lasca, cercas em volta da fazenda - tinha tempo ruim não...mas serviço também não faltava. E nos finais de semana ajuntava os parentes para assar carne e tomar cachaça.           
                Essa era a vida de quem vivia na Fazenda Bagagem. E além do mais ainda fazíamos os ranchos de pescaria e caçada na mata enfrentando chuvas fortes com enchentes (trombas d'água) aonde, às vezes, ficávamos até dois dias arranchados esperando o rio dar passagem.












































 1998/1999

























29 de abril de 2001 GP DO PARANOÁ-DF.





27 DE MAIO DE 2001, GP DE SOBRADINHO-DF.








MACAPÁ 2001

             No dia 23 de julho de 2001, por volta das 13 horas, o telefone lá de casa tocou e do outro lado da linha estava o André Gomes Pinheiro, o Choquito, assim chamado pelos seus colegas, que me disse ter uma novidade para me contar.
           Perguntei logo o que era. Choquito me perguntou se eu queria ir correr uma corrida de bicicleta na capital do Amapá. Logo de cara eu o disse que sim.               Perguntei então do proceder da viagem. Bem entusiasmado, ele me disse que a nossa viagem já estava garantida por um Oficial da Polícia Militar de Macapá, na época, o Tenente Furtado.
            Daí eu sem conhecer ninguém em Macapá, me arriquei e disse ao Choquito que sim -  compra as passagens que eu embarco hoje mesmo. Como         André disse que íamos precisar de passa porte para correr umas internacionais, fui à Polícia Federal e peguei o visa na embaixada da França e tava tudo ok então - tirei também a carteira Internacional de ciclismo "Union Cyclist Internationale através da Confederação Brasileira.
         Avisei minha família, minha disse disse: " O que você vai fazer nesse tal de Amapá sem conhecer ninguém lá, dessa distãncia", mas aí eu falei: "Mãe, eu tenho eu propósito e tenho muita fé em Deus que vai dá tudo certo".
Isso era uma segunda-feira, na terça eu estava de mala e cuia prontos. Na quarta-feira às 21h 30 eu já estava dentro do Transpiauí rumo a Macapá.
       Na verdade, de fato, Choquito me disse por telefone que uma equipe de ciclismo de Macapá o conheceu na Volta Internacional de Santa Catarina e o convidaram para morar no Amapá uns tempo. André aceitou a proposta e me perguntou se eu queria ficar uns tempos lá. Eu disse que sim, ia ser mesmo uma experiência única e embarquei para lá.
           Eu saí na Quarta 25 de julho de 2001 e cheguei em Macapá no domingo 4 da madrugada. A viagem foi longa e cansativa. Ao chegar em Belém sábado 9 horas, eu havia perdido o navio que partiu de Belém para Macapá exatamente neste horário. Aí fiquei num quarto de hotel próximo a Rodoviária Interestadual na Avenida Ananindeu até embarcar às 2 da madrugada num vôo que saiu as 2 da madrugada para Macapá. Com menos de uma hora de viagem o vôo Varig retornou para Belém por causa de tempestades que chacoalhava a aeronave que parecia cair.
           Mas enfim desembarquei próximo das 4 da madruga e fui recebido pelo patrocinador da viagem, o Tenente Furtado, dirigente da equipe de ciclismo "Clube dos Oficiais da Polícia Militar de Macapá". Fui direto para a casa dele onde dormi apenas duas horas, pois neste mesmo dia eu já iria correr uma prova de 180 quilômetros que saiu de Ferreira Gomes chegando na Fazendinha, perto do marco zero.
        E mesmo sem descansar lá fui eu. Botei uns palitos para segurar as pálpebras dos olhos, que não queria ficar aberta - os pés tava parecendo pé-de-elefante, inchado e dolorido da vigam que durou quase quatro dias.
         Mesmo assim consegui completar a prova de 180 quilômetros em menos de quatro hor as recheado de muitas cãimbras - era cãimbra por todo lado - até nasa costas, no músculo do pescoço tinha cãimbra.
        O clima em Macapá é muito quente e úmido e não estava em condições climáticas para me sair bem na competição. Como eu era novato no lugar, eu fui marcado na competição o tempo inteiro. Não podia levantar do selim que quatro cinco na minha cola.
         Entretanto, foi uma experiência e tanto viver uma temporado em Macapá. Lá fomos muito bem recebidos pelos atletas da cidade. Ficamos na residência no Luiz Claudio Pinho, o Pinho, que também fazia parte da equipe do Clube dos Oficiais.
         Em Macapá não foi fácil não. Tudo bem diferente daqui do DF. O clima, a comida, os costumes praticamente indígenas, a fala, mas enfim. Foi  tudo de bom. Recebemos uma meta a ser cumprida, pois a equipe de Macapá foi convidada para correr o "Tour Internacional de Cayenne" - uma prova extremamente de alto nível, portanto tivemos que treinar dobrado daquilo que treinávamos em Brasília.
           Nosso treinador lá, o Pinho, pegava uma moto e gente andava no mínimo 120 quilômetros por dia com médias razoáveis. Era 200, 240, 180, 150, 120, meu Deus, naquele calorão foi difícil. Aí quando chegava dos treinos, torrado de sol, tinha pão com guaraná, queijo mussarela, açaí 100% puro com granola. Era muito desgastante e repunhamos também com os complementos alimentares. Eu levei de Brasília uns complementos como Aminoácidos, Antioxidantes, Vitamina C Sustain Release, que o Beto França trazia para mim dos Estados Unidos, de Miami.
          Então quando foi no mês de agosto, no dia 24, como não havia vaga em nenhum vôo para Cayenne, o jeito foi irmos até o Oiapoque, na fronteira, rodamos 600 quilômetros de ônibus em exatamente 12 horas, e no Oiapoque cruzamos a fronteira na lancha da Polícia Militar de Fronteiras e almoçamos em Saint Jorge, um peixe maravilhoso na casa de um amigo do Pinho.
        Durmimos em Saint Jorge e no dia seguinte seguimos pedalando numa estrada de chão, pois a rodovia estava sendo reefeita. Aí foi pneu furado de vinte em vinte minutos furava um. Éramos seis na estrada e foi furo de pneu. Noooooosssaa.
      Chegamos em Cayenne e fomos bem recebidos pela Organização da Competição que nos levou direto para o Hotel em Cayenne. No hotel pegamos a súla de largada da competição e no dia seguinte aconteceu o prólogo de um quilômetro.
          O Tour de Cayenne aconteceu entre os dias 26 de agosto a 3 de setembro de 2001. Foram mil e trezentos e cinquenta quilômetros em seis dias de competição. A etapa mais difíl foi a de 200 quilômetros aonde três ciclistas dispararam no começo da prova, com dez quilômetros e os três sozinhos colocaram mais de cinco minutos nos demais adversários concluindo a prova em 4 horas e vinte e cinco minutos. Eu e André Choquito, concluímos a prova no pelotão principal com 4 horas e trinta minutos.
          No final da competição estávamos com estafa físico e mental. Foram 1350 quilômetros com pouco mais de 45 horas de pedal naquele solão de lasca o cano. Eu fiquei em 21º colocado na classificação final, André ficou em décimo terceiro e foi o melhor colocado da equipe de Macapá.


























CORRIDA DE PLANALTINA GOIÁS...2001.











MACAPÁ-AP ARAGUARI VERÃO 2002
VOLTA DE GOIÁS - CALDAS NOVAS / IPAMERI /






VOLTA INTERNACIONAL DO RIO DE JANEIRO 2002






























TOUR INTERNACIONAL DE SANTA CATARINA 2002















VOLTA DE BRASÍLIA 2002

















VOLTA INTERNACIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 2003













VOLTA INTERNACIONAL DO RIO DE JANEIRO DE 2003








EQUIPE MAGALHÃES - GOIÂNIA-GO




VOLTA INTERNACIONAL

DO PANTANAL- MATOGROSSO DO SUL, Campo Grande...2003

CORRIDA DE JARAGUÁ GOIÁS



    SELETIVA PARA VOLTA INTERNACIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 2004

   
 GP DE SOBRADINHO 2004







4º VOLTA DE GOIÁS 2004







JOGOS ABERTOS DO PARANÁ - FOZ DO IGUAÇÚ 2004.





                   
                  MEDALHAS












TOUR INTERNACIONAL DE SANTA CATARINA 2004





















                           
                2005 COPA AMÉRICA